O LIVRO ROUBADO
- LORY DARX
- 13 de abr. de 2021
- 2 min de leitura
CAPITULO 5

Fechei a porta do quarto de Bartolomeu sorrindo
- Esse menino não existe! - disse baixinho pra mim mesma no corredor, e me virei para ir até a biblioteca - lembrei que Francesco ia demorar a chegar e me toquei que eu tinha bastante tempo para bisbilhotar as anotações do livro que afanei de Leonardo da Vinci.
Acendi o fogo da lareira e me servi de uma taça de vinho verde trazida de uma das nossas vinheiras.
- Nossa! Que delicia! - Amo vinho verde! - relaxei na cadeira de couro da escrivaninha - eu estava cansada fisicamente pois acordara cedo naquele dia, mas minha curiosidade sabia que aquela era a hora certa de consumar meu crime - eu sabia que eu deveria devolver o livro o mais rápido possível pra não rodar.
- Amanhã eu resolvo! - pensei tentando acalmar meu medo de ser descoberta com o livro na botija - Até a sessão de pintura de amanhã eu já terei um plano! - repeti pra mim mesma a afirmação de sucesso, e dei continuidade a meu ato criminoso abrindo o livro.
Lá encontrei o que inicialmente me pareceram anotações aleatórias sobre pessoas, datas, lugares e livros - alguns desses livros eu sabia que eram proibidos pela igreja, e outros eu não sabia do que se tratavam.
A maior parte do livro estava escrito em uma espécie de código - havia na última página uma lista de símbolos usados nesse código e as letras do alfabeto correspondentes a cada um deles - daria um trabalhão decifrar tudo aquilo.
- Não vai dar tempo! - reclamei e comecei a copiar tudo que eu podia - o alfabeto de códigos e símbolos e copiei praticamente a metade do livreto até que fui interrompida por Francesco que chegara do trabalho
Que dia louco foi hoje, Lisa mon amour - disse Francesco agitado e aparentemente meio bêbado
Eu preciso de um banho e depois vou te contar duas novidades que vão te deixar doidinha, Mona Lisa!
Ei! não senhor! Você não vai me fazer esperar banho nenhum! Já começou a contar então fala tudo de uma vez, hombre! - ele sempre fazia isso comigo me deixava curiosa esperando - eu odiava!
Prometo que vai valer a espera! Ja volto - e saiu
Foi um alivio na verdade! Fui salva pelo gongo! Se não fosse o pileque, eu teria que explicar os papéis e os hieróglifos em cima da mesa, ele nem viu!! Escapei por pouco!
Enfiei a papelada toda e o livro roubado dentro de uma almofada da biblioteca e acomodei coloquei ela junto das outras, na verdade em baixo das outras, claro! Ninguém mexeria ali até o dia seguinte, e eu poderia dormir tranquila, e então sai para preparar o banho do meu marido
Comments