O SEGREDO DA ARCA D'ANJOU - I

CAPÍTULO 2

Eu não tive coragem de contar pro papai e pra mamãe o que havia acontecido comigo na floresta naquela manhã enquanto ia até o pasto. Achei que eles achariam que eu estava ficando maluca! - eu mesma tinha dúvidas se não estava mesmo pirando!

Eu precisava de um tempo pra digerir aquilo tudo, e só pude pensar direito de noite depois do jantar, quando estive mais uma vez sozinha comigo mesma no celeiro - toda noite eu ia lá ver se os animais estavam bem - eu gostava tanto desse momento que construí um espacinho lá pra mim - um mezanino onde eu guardava livros e desenhos e passava um tempo sozinha quando precisava.

Naquela noite, o frio estava fora do normal mesmo pro inverno, então pensei que se eu pudesse acender fogo eu esquentaria os bichos também - mas eu precisaria achar uma maneira de fazer isso com segurança - um celeiro não é o lugar ideal pra fazer fogo - e resolvi procurar entre as coisas guardadas dos meus pais, algo que funcionasse como um carvoeiro.

Embaixo da escada tinham coisas da mamãe que ela havia trazido quando finalmente mudamos pra Domremy e pudemos começar a viver juntos como uma família

Nem sempre foi assim como hoje. Eu e meu irmão gêmeo João fomos criados até 1 ano atrás em um mosteiro - Mamãe e papai deixaram a nossa educação mas mãos da Ordem do Tosão de Ouro - pois havia uma guerra acontecendo e eles eram soldados - mas agora estamos todos aqui - pensei alto, achando um baú verde atrás de um monte de feno

• Uau, que chique! - pensei eu ao ver que havia uma flor de lis dourada adornando a tampa e a fechadura dele - O que será que tem dentro ? - surtei eu, curiosa que sou desde que nasci, obviamente tentei descobrir como abrir mas havia uma trava com segredo EM LETRAS - 6 dígitos - a serem alinhados - AO LADO DE UM ANJO

• QUAL SERÁ O SEGREDO DANJOU ? - PENSEI BRINCANDO olhando o anjinho gordinho que parecia um cupido e então me toquei que danjou dava certinho as 6 letras daí tentei só pra ver

• NÃO DEVE SER! - e ri de mim mas depois tentei sem acreditar que poderia ter acertado

• Anjinho danado! - pra minha surpresa a tranca abriu de primeira.