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A ÚLTIMA VIDA DE FRIDA SOFRIDA - HORA DE DESPERTAR

  • Foto do escritor: MISTERIOUS MONA
    MISTERIOUS MONA
  • 8 de mai. de 2019
  • 3 min de leitura

CAPÍTULO 2 - @caradefrida (CONTINUAÇÃO DO POST "A VIRGEM DOURADA")




Depois de alguns segundos o preto começou a se desfazer e eu me vi em uma sala cheia de livros. Haviam prateleiras enormes por todos os lados que iam até o teto daquele lugar. E eu estava deitada em um sofâ de couro vermelho escuro, me sentia um pouco sonolenta e zonza. - Frida? - perguntou uma voz de mulher atras de mim. Me virei pra ver quem era e então acordei de vez, por conta da surpresa. - Eu estou aluciando! - aquilo só poderia ser um sonho maluco. Era a Monalisa do quadro do Leonardo da Vinci. Ou era alguem que parecia demais com ela.

- Calma Frida! Você não está louca! Sou eu mesMa, a @minalliza. Você sofreu um grave acidente, mas ainda não é a hora da sua morte! - enquanto cuidam de você no hospital, eu cuido da sua consciência aqui. Temos muita coisa pra conversar! - e Monalisa sorriu mostrando os dentes que ninguém nunca viu.


- Adoro uma boa conversa! Mesmo sendo uma tão surreal como essa! - falei rindo da situação.


- Você é uma pessoa diferente Frida. Você carrega o amor verdadeiro dentro de você. Você tem um dom que vai além da pintura, e tem proteção especial para essa vida. Deus te deu uma oportunidade nova, essa vida de Frida é uma ponte que vai pra uma nova existência, uma onde não terá dor física, nem tão pouco tanto drama nos assuntos sentimentais. É a sua prova final, a vida que vai despertar a sua consciência espiritual para a verdade. Depois dessa vida, você nunca mais vai morrer.


- Imortal... ser imortal traz drama também! Não deve ser fácil sobreviver enquanto todos os que amamos morrem. - filosofei sobre o assunto. - Prometo que quando isso acontecer, quando você for imortal, você terá outro entendimento sobre a vida e sobre a morte. A dor será bem menor quando você entender como funciona o sistema de evolução criado por Deus. Ele pensou em tudo! - profetizou a mulher do quadro.


- Eu tenho algumas crenças pessoais sobre isso. Acredito em coisas que estão dentro de mim mas que não me foi ensinado. Minha família, principalmente minha mãe, acreditam em tudo que está na bíblia. Já eu, a ovelha negra, interpreto tudo de forma diferente. Não gosto da versão católica sobre a "boa" mulher. Talvez porque eu não me encaixe nos modelos femininos que eles aprovam. - achei a conversa dela muito insteressante e resolvi me aprofundar.

- Teremos muito tempo pra conversar sobre isso, mas agora preciso falar sobre a sua missão. Nada é á toa. Você não tem dentro de si esse sentimento por acaso e não é a toa que Deus te deu o dom da arte. Eu sei que você pensa em ser médica, mas peço que não ignore o presente que ganhou dele. - disse ela mostrando que sabia mais de mim do que eu mesma.

- Mas como eu poderei fazer algo tão importante como uma missão divina, com tintas e telas? - achei aquilo mais surreal que as minhas próprias viagens internas. - Você vai ajudar o mundo a ver a dor com outros olhos. Vai mostrar para as mulheres que elas podem ser o que quiserem e que não precisam dos homens para viver. Vai também ensinar que o amor pode existir de várias formas, e que ele não tem gênero nem regras e não é exclusividade de um casal formado por um homem e uma mulher. Você vai abrir a porta pro futuro que está por vir. - disse Monalisa séria.

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